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Foto do escritorFabiana Muliterno

Sobre Professores Marcantes

Atualizado: 22 de dez. de 2023




Oie, minha primeira postagem por aqui, e me sinto bastante feliz em estar dando esse passo em direção ao meu próprio negócio! Sou professora com muito orgulho, e tenho certeza que ao longo dos meus mais de 20 anos em sala de aula eu sempre fiz um trabalho bastante sólido em orientar meus alunos no melhor caminho a ser seguido.


Ao escrever esse texto, automaticamente viajo pras minhas primeiras professoras, lá na pré-escola, depois durante o ensino regular, e ao longo da minha jornada de aprendizado no Inglês.


Tia Miriam foi a primeira que me marcou profundamente. Ela foi a minha professora lá na pré-escola, e foi quem me ensinou a dar os meus primeiros passos de maneira mais autônoma. Lembro-me muito bem de algo que ela me falou, e que até hoje trago comigo:


“Fabi, eu posso até te ajudar nos primeiros passos, mas seu cérebro vai te levar a lugar incríveis se você se arriscar e der esses passos seguintes sozinha. Não tenha medo!”


Muito pouco me recordo do que ela ativamente me ensinou. Provavelmente alguma conta matemática simples? Mas o marcante foi a confiança que ela depositou em mim, além de me desafiar a dar os passos seguintes sozinha. Claro que isso, somado a muito suporte familiar, fez com que eu virasse uma devoradora de livros infantis, e isso me ajudou muito também.


Lá no 8° ano veio o professor Marcos, e a sua infinita sabedoria de história. Foi ali que me apaixonei pela História da Segunda Guerra Mundial, certamente. A maior lição?


“Fabi, questione tudo. Faça perguntas. Nunca aceite nada só pelo que você lê. Veja sempre mais de uma fonte, mais de um autor, e de preferência converse muito sobre o assunto! Ao conversar sobre ele, você certamente irá aprender muito mais e vai ter muito mais perguntas.”


E finalmente, tenho uma incrível adoração pela minha professora de Inglês (e essa eu lembro de nome e sobrenome, porque tive a honra de trabalhar na mesma filial que ela trabalhou). Ela disse, e eu tento sempre passar para meus alunos:


“Fabi, tudo aquilo que você anotar, releia. Tudo aquilo que você acha que precisa memorizar, use. O que você sabe e não usa, o seu cérebro armazena e fica mais difícil de lembrar quando você precisar.”


O que esses 3 professores têm em comum? Todos eles me ensinaram muito, certamente. Mas se você me perguntar do dia que eu aprendi sobre como começou a Segunda Guerra, ou quando eu aprendi sobre o Present Perfect, eu provavelmente não vou me recordar.


Só que esses profes me tornaram uma aluna melhor! Me deram experiências que ajudaram a construir quem eu sou hoje enquanto aprendiz e como me porto em frente a algo novo que quero aprender.


Então é isso!


Conclusão: Tenho certeza que todos que me leem hoje se esforçam a cada dia para trazer o melhor conteúdo para seus alunos, para terem certificações que provêm nível disso ou daquilo. Mas tem uma camada antes dessa proficiência na língua que se você não leva pra sua sala de aula, acaba bloqueando o aprendizado dos seus alunos.


Li hoje em uma postagem de uma amiga, sobre o livro “Ao Professor com Carinho”, de Rubem Alves: “O pensamento nasce do afeto, nasce da fome. Não confundir afeto com beijinhos e carinhos. Afeto, do latim affecare, quer dizer “ir atrás”.


E cá entre nós: nada tira mais a vontade de ir atrás de algo do que alguém que te desmerece ou que te desmotiva, não é mesmo?


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